Pça Mons. Luiz Gonzaga Alves Cavalheiro, 250 – Santana – CEP: 12211-830

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(12) 3941-4315

Calendário 2024 – Dezembro

Título: PRESÉPIO VALEPARAIBANO
Medidas: 30 x 40 cm
Acrílica sobre tela
Ano: 2014
Artista Sonya Mello
Instagram: @sonyamello2023

A simbologia da gambá no presépio valeparaibano Segundo a tradição católica, os presépios foram criados por São Francisco de Assis no século XIII; ele queria representar o Natal de forma realista e num momento em que as representações sobre as questões religiosas não eram permitidas, foi preciso receber autorização papal para montar o cenário que conhecemos até hoje. Encantadas com o cenário, movidas por sentimento religioso, as casas europeias mais ricas encomendavam o cenário e criou-se a tradição de montar presépios luxuosos, muito vistosos, demonstrando toda a opulência da família. Como toda manifestação cultural que envolva, principalmente, questões religiosas, não é estática e nem pode ser delimitada geograficamente ou economicamente, o costume se tornou popular, reproduzindo-se nos lares comuns e com os recursos possíveis. Com a colonização europeia, o costume chegou ao Brasil. Os mais antigos presépios produzidos por figureiros do Vale do Paraíba, de acordo com a tradição, remontam ao século XVII quando foi organizado o Convento de Santa Clara pelos Franciscanos, em Taubaté – SP. Os presépios produzidos por nossos figureiros eram montados com as figuras de São José, Nossa Senhora, o Menino Jesus, os pastores, os Reis Magos, jumentinhos, vaquinhas, o galo e a gambá. De acordo com o pesquisador Ricardo Gomes Lima, autor do livro “Objetos: percursos e escritas culturais”, apesar de a tradição ser menos visível atualmente, a gambá tem uma simbologia muito forte no presépio valeparaibano e não consta que esta manifestação tenha sido tão latente em outras regiões do Brasil.
Texto do Livro “Mistério do Vale – Histórias que o Povo Conta” de Sonia Gabriel – escritora e pesquisadora de SJCampos

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